sábado, 26 de dezembro de 2009

Doce inocência

Doce inocência

Onde estão nossas crianças?
Brincar,correr,pular,
Avisto poucas naquela praça.

Aquele menino de 10 anos brinca
com arma de brinquedo
Com balas de verdadeiras.


Aquela menina de 15 anos brinca
Com boneca de verdade
Enquanto a mãe lá dentro chora
Ao corrompimento de sua inocencia
A inocencia de si própia


Não entendo por que os brinquedos
Estão no lixo
E nas mãos marcas de uma vida
Calejada.


Nas calçadas pequeninos
Sentam-se e assistem
Seus sonhos escorrendo
Junto com a água suja do boeiro
Que desagua em suas esperanças.


Com um olhar profundo
E triste,que escondem
Uma tragédia ,solidão,
Um silêncio com uma revolta amarga.


A cada esquina um colchão
Duro ,frio e as vezes amanhece
Umido pelas lágrimas que rolam
Durante á noite por não ter
Uma mão estendida ou um prato de comida.


Maldito olhar vazio e desesperado
Maldito descaso.

Minha cabeça descansada em uma
Cama macia e acochegante
Enquanto um anjo corre por ai
Na noite vazia.

Meus pés no chão,mas logo
Calçarei o chinelo
Mas e aqueles pés seguidos
Com vestes rasgadas?


Passando pelo parque avisto
Aquele anjo sentado no chafariz
Sentei-me ao seu lado
E aqueles grandes olhos se voltaram
Para mim e sua boca emitiu um som
Tocante e rasgador : Onde esta Deus?

(Deise Silva)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Triste Fim De Um Explorador

Até onde pode ir a inocência de uma criança,
Até onde pode ir a crueldade humana,
Um grande sonhador explora seu própio quintal,
Onde em sua imaginação não há limites.


Percorrendo metros quadrados,
Descobre a porta proibida,
Mudança radical em sua vida.


O encontro de duas mentes inocentes,
Em mundos completamente diferentes,
De um lado uma face suja e triste,
Do outro uma face limpa e confusa.

Cheiro repugnante e, ao longe
Aqueles grandes olhos azuis,
Curiosos tentavam entender ,
O porque daquela fumaça negra nas chaminés,

Mesmo olhos que de encontro aos grandes olhos castanhos
Não enxergam limites diante da cerca,
Olhos maternos avistam a verdade,
Mas os paternos são cegos.


A verdadeira amizade tem limites?

Dois pés caminham para a porta
De ferro,rodeados de números,
Banho?

A mesma fumaça sai das chaminés
E aqueles grandes olhos azuis
Agora encontram-se fechados
E listrados para sempre.


(Deise Silva)(poema escrito após assistir ,O Menino Do Pijama Listrado)....

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Sobre A Luz Das Velas

Sobre A Luz das Velas

Encontro-me com as mais valiosas
Ferramentas em minhas mãos
Pelos meus dedos escorrem letras
Em um mundo extremamente frio e amargo
Meus olhos fixam-se naquele pedaço de papel branco


A melodia escrita nas rimas
Refleta o mais puro dos sentimentos
Pois é fascinante a combinação
Do lápis e daquela folha.

Resisto firmemente a amargura
Com uma armadura metalica
Com letras douradas
Que protege-me diante de tanta ignorância
De tanta bobagem e de tanta cegueira

Dirijo-me ao meu refujo
Onde encontro a liberdade
Junto a chave sagrada para os portões.
Negros que tentam bloquear meus pensamentos.


Voando por um mundo azul
Onde meu corpo movimenta-se
Conforme o vento toca as árvores.

De repente acordo
Com o vinho derramado sobre mim
E vejo-me no espelho
Refletindo A luz das velas
A luz de minhas ideias.

(Deise Silva)




terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Anjo Terrestre

Anjo Terrestre


Sento-me neste banco
Observando como as coisas
Movimentam-se
Sozinha e pensativa
Percebo as marionetes.


Com um olhar cabisbaixo
Sinto-me em um mundo
Completamente vazio.


Mas de repente sinto um vento
Em minha face que levemente
Seca minhas lágrimas.

Um barulho doce de bater de asas
Trazendo junto a mais pura tranquilidade
Ergo-me e descubro que não é examente um anjo
É aquele que raramente deixa minhas lágrimas caírem
Aquele que berra aos meus ouvidos
Os mais profundos conselhos.


Aquele que embebe da-me
Para esquecer os problemas
O porre de sermões.

Ao aproximar-se esbanjo sorrisos
E um olhar esperançoso
Senta-se ao meu lado
E diz a mais bela frase :
Estou do seu lado meu amigo.

E as asas envolvem-me com sua grandeza e pureza.

(Deise Silva) Poema para Fábio Pires...




segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Nexos Existenciais

Nexos Existenciais

Êxitocracias e conjecturas
em dimensões tácitas
e cálidas.

Inserir-se em suntuosos
e simétricos diâmetros
atemporais e empíricos.

Conceder prismas
e ludibriar equilidades
em intocáveis
nexos existenciais.

(Matheus Christen)

Compartilhamento de poemas...

Beijo do Gótico

Beijo do Gótico

Levam-te a momentos mágicos
Ti traz sentimentos profundos
sutil e ao mesmo tempo brusco
Uma mistura perfeita.

Ah! os lábios
O que encanta em tais lábios não seria sua perfeita simetria
Mas sim o modo simples e doce
Como um morango recém colhido.


Tem sabor de vinho
O que leva a embebedar-se
Com as mais variadas sensações.

Tem sabor do vento
Que toca suavemente
E lembra aquele jardim
Que não é visto por qualquer olhos
Apenas pelos os olhos sábios
Olhos de borboletas.

Sinta, e aprecie pois o mais raro dos raros
É o beijo do gótico.

(Deise Silva) Poema redigido para Matheus.

O Livro Negro

O Livro Negro


Comece abrindo minha capa
Não tenha medo de pegar em minhas páginas
Minhas palavras estão confusas?
Ah...não preocupe-se
Basta entrar em total intimidade comigo.

Prometo-lhe levar
A mundos diferentes
Vamos passar pela fantástica fábrica
De chocolate
Vamos brincar no síto com Emília?
Vamos,Tia Anastacia espera-nos .

Na noite estrelada
Enquanto todos adormecem passamos
Sorrateiramente pelos jardins
Encontramo-nos com aqueles seres mágicos
Visto apenas pelos olhos sábios.
Cuidado crianças posso ser
Apenas para adultos e jovens adolescentes
Com um romance ardente,ou enredo complexo.


Mas sou aquele que lhes proporcionará
Qualquer tipo de história
Fazendo nascer um sorriso
Ou uma reflexão

Por favor sou Negro
Mas não julgue-me
Pela capa..

(Deise Silva)